terça-feira, 27 de outubro de 2015

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

A ANÁLISE
EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO


O mais importante dos behavioristas que sucedem Watson é B. F.
Skinner (1904-1990).
O Behaviorismo de Skinner tem influenciado muitos psicólogos
americanos e de vários países onde a Psicologia americana tem grande
penetração, como o Brasil. Esta linha de estudo ficou conhecida por
Behaviorismo radical, termo cunhado pelo próprio Skinner, em 1945,
para designar uma filosofia da Ciência do Comportamento (que ele se
propôs defender) por meio da análise experimental do comportamento.
A base da corrente skinneriana está na formulação do
comportamento operante. Para desenvolver este conceito,
retrocederemos um pouco na história do Behaviorismo, introduzindo as
noções de comportamento reflexo ou respondente, para então
chegarmos ao comportamento operante. Vamos lá. [pg. 46]

O COMPORTAMENTO RESPONDENTE
O comportamento reflexo ou
respondente é o que usualmente chamamos
de “não-voluntário” e inclui as respostas que
são eliciadas (“produzidas”) por estímulos
antecedentes do ambiente. Como exemplo,
podemos citar a contração das pupilas quando uma luz forte incide sobre
os olhos, a salivação provocada por uma gota de limão colocada na
ponta da língua, o arrepio da pele quando um ar frio nos atinge, as
famosas “lágrimas de cebola” etc.
Esses comportamentos reflexos ou respondentes são interações
estímulo-resposta (ambiente-sujeito) incondicionadas, nas quais certos
eventos ambientais confiavelmente eliciam certas respostas do
organismo que independem de “aprendizagem”. Mas interações desse
tipo também podem ser provocadas por estímulos que, originalmente,
não eliciavam respostas em determinado organismo. Quando tais
estímulos são temporalmente pareados com estímulos eliciadores
podem, em certas condições, eliciar respostas semelhantes às destes. A
essas novas interações chamamos também de reflexos, que agora são
condicionados devido a uma história de pareamento, o qual levou o
organismo a responder a estímulos que antes não respondia. Para deixar
isso mais claro, vamos a um exemplo: suponha que, numa sala
aquecida, sua mão direita seja mergulhada numa vasilha de água
gelada. A temperatura da mão cairá rapidamente devido ao encolhimento
ou constrição dos vasos sangüíneos, caracterizando o comportamento
como respondente. Esse comportamento será acompanhado de uma
modificação semelhante, e mais facilmente mensurável, na mão
esquerda, onde a constrição vascular também será induzida. Suponha,
agora, que a sua mão direita seja mergulhada na água gelada um certo
número de vezes, em intervalos de três ou quatro minutos, e que você
ouça uma campainha pouco antes de cada imersão. Lá pelo vigésimo
pareamento do som da campainha com a água fria, a mudança de
temperatura nas mãos poderá ser eliciada apenas pelo som, isto é, sem
necessidade de imergir uma das mãos2.
Neste exemplo de condicionamento respondente, a queda da
temperatura da mão, eliciada pela água fria, é uma resposta
incondicionada, enquanto a queda da temperatura, eliciada pelo som, é
uma resposta condicionada (aprendida): a água é um estímulo
incondicionado, e o som, um estímulo condicionado. [pg. 47]
No início dos anos 30, na Universidade de Harvard (Estados
Unidos), Skinner começou o estudo do comportamento justamente pelo
comportamento respondente, que se tornara a unidade básica de
análise, ou seja, o fundamento para a descrição das interações indivíduoambiente.
O desenvolvimento de seu trabalho levou-o a teorizar sobre
um outro tipo de relação do indivíduo com seu ambiente, a qual viria a
ser nova unidade de análise de sua ciência.
Ref.Ana bock (Livro do Professor)

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