terça-feira, 27 de outubro de 2015

PSICOLOGIA E SUAS ABORDAGENS

                                           A PSICOLOGIA CIENTÍFICA


O berço da Psicologia moderna foi a Alemanha do final do século
19. Wundt, Weber e Fechner trabalharam juntos na Universidade de
Leipzig. Seguiram para aquele país muitos estudiosos dessa nova
ciência, como o inglês Edward B. Titchner e o americano William James.
Seu status de ciência é obtido à medida que se “liberta” da
Filosofia, que marcou sua história até aqui, e atrai novos estudiosos e
pesquisadores, que, sob os novos padrões de produção de
conhecimento, passam a: [pg. 40]
• definir seu objeto de estudo (o comportamento, a vida psíquica, a
consciência);
• delimitar seu campo de estudo, diferenciando-o de outras áreas de
conhecimento, como a Filosofia e a Fisiologia;
• formular métodos de estudo desse objeto;
• formular teorias enquanto um corpo consistente de conhecimentos na
área.
Essas teorias devem obedecer aos critérios básicos da
metodologia científica, isto é, deve-se buscar a neutralidade do
conhecimento científico, os dados devem ser passíveis de comprovação,
e o conhecimento deve ser cumulativo e servir de ponto de partida para
outros experimentos e pesquisas na área.
Os pioneiros da Psicologia procuraram, dentro das possibilidades,
atingir tais critérios e formular teorias. Entretanto os conhecimentos
produzidos inicialmente caracterizaram-se, muito mais, como postura
metodológica que norteava a pesquisa e a construção teórica.
Embora a Psicologia científica tenha nascido na Alemanha, é nos
Estados Unidos que ela encontra campo para um rápido crescimento,
resultado do grande avanço econômico que colocou os Estados Unidos
na vanguarda do sistema capitalista. É ali que surgem as primeiras
abordagens ou escolas em Psicologia, as quais deram origem às
inúmeras teorias que existem atualmente.
Essas abordagens são: o Funcionalismo, de William James
(1842-1910), o Estruturalismo, de Edward Titchner (1867-1927) e o
Associacionismo, de Edward L. Thorndike (1874-1949).




PSICOLOGIA E HISTÓRIA

Toda e qualquer produção humana — uma cadeira, uma religião,
um computador, uma obra de arte, uma teoria científica — tem por trás
de si a contribuição de inúmeros homens, que, num tempo anterior ao
presente, fizeram indagações, realizaram descobertas, inventaram
técnicas e desenvolveram idéias, isto é, por trás de qualquer produção
material ou espiritual, existe a História.
Compreender, em profundidade, algo que compõe o nosso mundo
significa recuperar sua história. O passado e o futuro sempre estão no
presente, enquanto base constitutiva e enquanto projeto. Por exemplo,
todos nós temos uma história pessoal e nos tornamos pouco
compreensíveis se não recorremos a ela e à nossa perspectiva de futuro
para entendermos quem somos e por que somos de uma determinada
forma.
Esta história pode ser mais ou menos longa para os diferentes
aspectos da produção humana. No caso da Psicologia, a história tem por
volta de dois milênios. Esse tempo refere-se à Psicologia no Ocidente,
que começa entre os gregos, no período anterior à era cristã.
Para compreender a diversidade com que a Psicologia se
apresenta hoje, é indispensável recuperar sua história. A história de sua
construção está ligada, em cada momento histórico, às exigências de
conhecimento da humanidade, às demais áreas do conhecimento
humano e aos novos desafios colocados pela realidade econômica e
social e pela insaciável necessidade do homem de compreender a si

mesmo.

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