A PSICOLOGIA CIENTÍFICA
O berço da
Psicologia moderna foi a Alemanha do final do século
19. Wundt, Weber e Fechner
trabalharam juntos na Universidade de
Leipzig. Seguiram para aquele
país muitos estudiosos dessa nova
ciência, como o inglês Edward B.
Titchner e o americano William James.
Seu status de ciência é
obtido à medida que se “liberta” da
Filosofia, que marcou sua
história até aqui, e atrai novos estudiosos e
pesquisadores, que, sob os novos
padrões de produção de
conhecimento, passam a: [pg.
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• definir seu objeto de estudo (o
comportamento, a vida psíquica, a
consciência);
• delimitar seu campo de estudo,
diferenciando-o de outras áreas de
conhecimento, como a Filosofia e
a Fisiologia;
• formular métodos de estudo
desse objeto;
• formular teorias enquanto um
corpo consistente de conhecimentos na
área.
Essas teorias devem obedecer aos
critérios básicos da
metodologia científica, isto é,
deve-se buscar a neutralidade do
conhecimento científico, os dados
devem ser passíveis de comprovação,
e o conhecimento deve ser
cumulativo e servir de ponto de partida para
outros experimentos e pesquisas
na área.
Os pioneiros da Psicologia
procuraram, dentro das possibilidades,
atingir tais critérios e formular
teorias. Entretanto os conhecimentos
produzidos inicialmente
caracterizaram-se, muito mais, como postura
metodológica que norteava a
pesquisa e a construção teórica.
Embora a Psicologia científica
tenha nascido na Alemanha, é nos
Estados Unidos que ela encontra
campo para um rápido crescimento,
resultado do grande avanço
econômico que colocou os Estados Unidos
na vanguarda do sistema
capitalista. É ali que surgem as primeiras
abordagens ou escolas em
Psicologia, as quais deram origem às
inúmeras teorias que existem
atualmente.
Essas abordagens são: o Funcionalismo, de
William James
(1842-1910), o Estruturalismo, de
Edward Titchner (1867-1927) e o
Associacionismo, de Edward
L. Thorndike (1874-1949).
PSICOLOGIA E HISTÓRIA
Toda e qualquer produção humana — uma
cadeira, uma religião,
um computador, uma obra de arte, uma teoria
científica — tem por trás
de si a contribuição de inúmeros homens, que,
num tempo anterior ao
presente, fizeram indagações, realizaram
descobertas, inventaram
técnicas e desenvolveram idéias, isto é, por
trás de qualquer produção
material ou espiritual, existe a História.
Compreender, em profundidade, algo que compõe
o nosso mundo
significa recuperar sua história. O passado e
o futuro sempre estão no
presente, enquanto base constitutiva e
enquanto projeto. Por exemplo,
todos nós temos uma história pessoal e nos
tornamos pouco
compreensíveis se não recorremos a ela e à
nossa perspectiva de futuro
para entendermos quem somos e por que somos
de uma determinada
forma.
Esta história pode ser mais ou menos longa
para os diferentes
aspectos da produção humana. No caso da
Psicologia, a história tem por
volta de dois milênios. Esse tempo refere-se
à Psicologia no Ocidente,
que começa entre os gregos, no período
anterior à era cristã.
Para compreender a diversidade com que a
Psicologia se
apresenta hoje, é indispensável recuperar sua
história. A história de sua
construção está ligada, em cada momento
histórico, às exigências de
conhecimento da humanidade, às demais áreas
do conhecimento
humano e aos novos desafios colocados pela
realidade econômica e
social e pela insaciável necessidade do homem
de compreender a si
mesmo.
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